domingo, 19 de maio de 2013
A Respeito de Osho.
Nunca Nasceu – Nunca Morreu – Apenas visitou este planeta Terra entre 11 de Dezembro de 1931 a 19 de Janeiro de 1990.
Com estas palavras literalmente imortais, Osho tanto ditou seu epitáfio quanto dispensou sua biografia. Tendo previamente removido seu nome de tudo, ele finalmente concordou em aceitar “Osho”, explicando que isso é derivado de “oceânico” de William James. “Isso não é meu nome”, ele diz, “Isso é um som de cura”.
Suas milhares de horas de discursos improvisados, proferidos para pessoas ao redor do mundo por um periodo de vinte e um anos, está tudo gravado, também em vídeo – fitas que podem ser ouvidas em qualquer lugar por qualquer pessoa, quando, Osho diz, “esse mesmo silêncio estará presente”.
As transcrições destes discursos estão agora publicadas em centenas de títulos em diversos idiomas.
Nesses discursos, a mente humana é posta sob o microscópio como nunca antes, analisada até a menor ruga. Mente como psicologia, mente como emoção, mente como mente-corpo; mente como moralista, mente como crença; mente como religião, mente como história, mente como política e evolução social – tudo examinado, estudado e integrado. Depois graciosamente deixado para trás na busca essencial para a transcendência.
No processo Osho expõe a hipocrisia e a farsa onde quer que as encontre. Como o autor, Tom Robbins tão eloquentemente coloca: “Eu reconheço a brisa da esmeralda quando ela sacode minhas persianas. E Osho é como um vento doce, forte, circundando o planeta, soprando reprimendas nos rabis e papas, dispersando as mentiras sobre as mesas dos burocratas, selando os burros nos estábulos do poderoso, levantando as saias do patologicamente puritano e fazendo cócegas no espiritualmente morto para trazê-lo de volta a vida”.
Jesus tinha suas parábulas, Buda seus sutras, Maomé suas fantasias da noite Àrabe. Osho tem algo mais apropriado para uma espécie deformada pela ambição, medo, ignorância e superstição: ele tem a comédia cósmica.
O que Osho faz, me parece, é perfurar nossos disfarces, esmagar nossas ilusões, curar nossos vícios e demonstrar o auto-limite e a frequente trágica loucura de levarmos nós mesmos tão a sério.
Então o que dizer de Osho? O último desconstrucionista? Um visionário que se torna a visão? Certamente uma proposta para a existência – que é o direito nato de todos desfrutar dessa mesma experiência oceânica da verdadeira individualidade. Para isso, Osho diz, “Só existe um caminho, o qual vai para dentro, onde você não achará nenhum ser humano, onde você só encontrará paz, silêncio”.
Uma conclusão? Não há nenhuma parada total na visão de Osho, senão uma mão auxiliadora nos conduzindo para a compreensão de nós mesmos:
Eu gostaria de lhe dizer: Ciência é o valor supremo. E existem apenas dois tipos de ciências: uma, a ciência objetiva, que decide sobre o mundo exterior; e outra, a ciência subjetiva, a qual até agora tem sido chamada de religião. Mas é melhor não chamá-la de religião. Melhor chamá-la de ciência do interior, e dividir a ciência em uma ciência do exterior e uma ciência do interior – ciência objetiva e ciência subjetiva. Contudo torne-a um todo sólido, e a ciência permanece o valor supremo – nada é mais elevado do que isso”.
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