Angela
Bauer
Terapeuta
Holística
PROFISSIONAL AUTÔNOMO 22982
Insc.
Munic. 0509630-8 / CNPJ/CPF 466.916.260/87
Qual é o papel do
terapeuta holístico.
Por: Gabriel Mallet
Meissner (São Paulo / 2004).
Há muita confusão e desinformação em nosso
país a respeito de qual é realmente o papel de um terapeuta holístico. O que
faz ele? O que não faz? Qual é a extensão e qual é o limite da sua prática
profissional? Como deve agir em relação aos clientes que o procuram? Estas e
outras perguntas busco aqui responder, de acordo com meu próprio trabalho como
terapeuta holístico. Este artigo, portanto, reflete a maneira como faço minhas
sessões de tratamento energético e como oriento meus clientes. Para facilitar,
dividi-o em tópicos.
A relação entre a medicina convencional e
as terapias holísticas:
Há uma tendência a se acreditar que
terapeutas holísticos pretendem substituir médicos na prática da medicina. Não
é este o caso. O médico tem um campo de atuação, enquanto que o terapeuta
holístico tem outro. Um não exclui nem substitui o outro. Ao contrário, ambos
se complementam.
Afirmam os terapeutas holísticos que os
seres humanos (o mesmo valendo para animais e plantas) possuem não apenas um
corpo físico, mas também um corpo energético, que o circunda e o interpenetra.
E que este corpo energético é o que origina o próprio corpo físico (afinal,
como hoje os físicos sabem, matéria é energia condensada).
Afirmam também que se temos uma doença no
corpo físico, temos um desequilíbrio ou bloqueio correspondente no corpo
energético (também chamado de etérico). Que toda doença se manifesta em ambos
os corpos. E que, portanto, devemos tratar ambos.
Ora, o papel do médico é tratar do corpo
físico e suas doenças. O do terapeuta holístico (também chamado de terapeuta
energético), tratar do corpo energético e seus desequilíbrios e bloqueios.
Portanto, ambos os profissionais são agentes da saúde, mas de âmbitos
diferentes dela: o primeiro, da saúde física. O segundo, da saúde energética.
Tratar somente o corpo físico com um médico
é um tratamento incompleto. Da mesma forma, é incompleto tratar somente o corpo
energético com um terapeuta holístico e deixar de tratar do corpo físico com um
médico competente.
É por isso que, ao falarmos em terapias
holísticas, não devemos designá-las de terapias alternativas. Este termo é
enganoso, pois causa a impressão de que são substitutas dos tratamentos
médicos, de que são "alternativas" a eles. Porém, pelos motivos já
expostos, esta é uma concepção errônea das terapias holísticas e o termo
"alternativo" deve ser evitado. Um termo mais correto é denominar
seus métodos de terapias complementares. Ou seja, tratamentos que, realizados
como complementos dos tratamentos médicos, auxiliam e aceleram o processo de
cura promovido pelos mesmos.
Também pelos motivos acima expostos, há um
consenso entre terapeutas holísticos sérios de nunca recomendar a um cliente
que, em caso de doença, abandone o tratamento médico convencional. A
recomendação de um terapeuta holístico neste caso deve ser a de que procure um
médico de sua confiança, bem como faça, paralelamente, o tratamento energético.
Terapeutas holísticos só devem ser procurados
isoladamente, isto é, sem se procurar também um médico, quando o motivo da
procura não é uma doença física, mas algum outro motivo que seja da competência
do terapeuta.
Pelos motivos expostos, o terapeuta
holístico deve tomar cuidado para que seus clientes não o tomem por um médico.
E sempre que alguém o fizer deve orientá-los a não o tratar como se fosse um.
Assim, um terapeuta holístico não usa termos como "doutor" para
designar a si mesmo, não chama aqueles que os procuram de "pacientes",
mas de "clientes" ou outro termo mais adequado, nem costuma usar, em
suas sessões, jaleco, roupas totalmente brancas ou realizar qualquer outro
procedimento de caráter médico.
NOTA: Na realidade, nada impede que um
terapeuta holístico se vista totalmente de branco, uma vez que qualquer pessoa
é livre para fazê-lo, além de ser o branco uma cor propícia para trabalhos de
harmonização energética (o equivalente à “cura” no corpo físico). Porém, o
terapeuta holístico evita fazê-lo para não ser confundido com um médico. Mas
costuma preferir, para as suas sessões, usar roupas claras.
Para finalizar este tópico, é bom salientar
que o corpo energético não apenas se encontra em íntima relação apenas com o
corpo físico, mas também com a psique de cada um de nós. E que as terapias
holísticas contribuem não apenas para a saúde física, mas também para a
psíquica. Portanto, são métodos complementares não apenas para aqueles que se
tratam com um médico, mas também para aqueles que se tratam com um psicólogo ou
psiquiatra. Afinal, é objetivo das terapias holísticas favorecer a harmonia do
ser humano como um todo, não apenas de parte dele. Mas novamente é bom
enfatizar que terapeutas holísticos também não são substitutos de psicólogos ou
psiquiatras, nem estão habilitados a praticar qualquer procedimento terapêutico
que pertença à prática destes profissionais.
Com o que vimos neste tópico, percebe-se
claramente que não há motivo para animosidade entre terapeutas holísticos e
médicos ou entre terapeutas holísticos e psicólogos ou psiquiatras. Ao
contrário, todos podem se complementar e trabalhar em conjunto. Felizmente, a
tendência atual é a de que terapeutas holísticos passem a ser cada vez mais
aceitos por profissionais da medicina e da psicologia. Há já alguns médicos que
estudam e praticam terapias holísticas como complemento aos tratamentos médicos
e um número considerável de terapeutas florais são psicólogos (terapia floral e
psicologia casam-se maravilhosamente bem!).
Sobre diagnósticos médicos e diagnósticos
energéticos:
Terapeuta holístico não faz diagnóstico
médico. Mas pode utilizar-se dele para escolher o tratamento para o
desequilíbrio energético correspondente à doença física do cliente.
Exemplo: se um médico diagnosticou que uma
determinada pessoa sofre de cálculo renal, o terapeuta holístico escolherá um
tratamento energético específico para o desequilíbrio energético correspondente
a esta doença. Se for reikiano, aplicará Reiki impondo suas mãos sobre os rins
ou outra área do corpo que se apresente à sua sensibilidade relacionada ao
desequilíbrio; se cromoterapeuta, aplicará com uma lanterna cromoterápica a cor
laranja no abdômen, um pouco acima do umbigo; se gemoterapeuta, utilizará
pedras como o enxofre e a malaquita.
Estes são apenas alguns exemplos de
tratamentos possíveis. Há muitos outros a fim de se tratar do desequilíbrio
energético correspondente ao cálculo renal.
Embora o terapeuta holístico não faça
diagnóstico médico, pode realizar um diagnóstico energético. Nem sempre a
relação entre a doença física e o desequilíbrio energético correspondente é
óbvia ou direta. Por isso, para identificar desequilíbrios energéticos, muitos
terapeutas holísticos adotam métodos próprios de diagnose energética. Em geral,
quando estes métodos próprios são usados, as terapias holísticas atuam de forma
mais eficaz.
Os métodos variam de terapeuta para
terapeuta e de caso para caso. Alguns exemplos: "escanear" o corpo
energético do cliente com as mãos, buscando identificar desequilíbrios e
bloqueios (geralmente, relacionados aos chakras), fotos Kirlian e radiestesia,
para ficarmos nos métodos mais frequentes.
Novamente saliento que o diagnóstico
energético complementa-se ao diagnóstico médico, mas em hipótese alguma o
substitui.
Relação entre terapias holísticas e
religião:
Terapias holísticas não são formas de
religião, nem são ligadas a religião alguma. Também não exigem o uso da fé para
funcionarem, quer por parte do cliente, quer por parte do terapeuta. Não é
preciso acreditar em nada. A experiência mostra que as terapias holísticas
funcionam mesmo em clientes totalmente céticos.
Porém, um terapeuta holístico pode, se o
desejar, usar de imagens sagradas, orações e métodos correlatos para auxiliar
no tratamento energético. As diversas formas de terapias holísticas não
dependem delas para funcionarem, mas podem se valer delas como auxiliares. É
comum em espaços de atendimento holístico haver nas paredes imagens de Mestres
e símbolos que se pense auxiliarem na harmonização energética.
A importância destes métodos na terapia
varia de terapeuta para terapeuta. Há desde terapeutas que lhes dão importância
fundamental até os que não lhe não importância alguma. Número considerável de
terapeutas holísticos encontra-se no meio termo.
Como as terapias holísticas não são ligadas
a nenhuma religião, quando métodos religioso-espirituais são utilizados como
auxiliares, estes costumam ser os mais ecumênicos possíveis. Até mesmo em
respeito ao cliente que pode ser de uma religião diferente à do terapeuta, ou
não ter religião alguma (assim como o terapeuta pode também não ter).
Exemplo: se for realizada uma oração a
Deus, dificilmente será recitado o Pai Nosso, que é uma oração estritamente
cristã, enquanto que seria mais provável que fosse recitado algo como A Grande
Invocação, oração a Deus de caráter ecumênico, escrita pela teósofa Alice
Bailey.
Terapeutas holísticos também não têm como
procedimento padrão utilizar-se da prática da mediunidade. Porém, se o
terapeuta for médium, pode acontecer de se valer dela, recebendo orientação do
plano espiritual concernente ao tratamento do corpo energético. Ainda assim, a
prática da incorporação não é praticada, dando-se preferência à comunicação
telepática com o Astral, à clariaudiência, à clarividência etc. Exceções são os
casos de alguns centros espíritas ou umbandistas que mesclam seus próprios
procedimentos com os procedimentos das terapias holísticas.
Terapias holísticas, desenvolvimento
pessoal e espiritualidade:
É papel de o terapeuta holístico
conscientizar o cliente de que todos os seus desequilíbrios energéticos são da
sua própria responsabilidade e são resultados dos seus próprios atos e postura
na vida, que causam uma desarmonia entre a sua Personalidade e o seu Espírito.
Deve conscientizá-lo a assumir essa
responsabilidade a fim de transformar sua vida, de desenvolver-se integralmente
(isto é, física, psicológica e espiritualmente), de tornar-se um ser humano
pleno e realizado. Pois saúde, no seu sentido holístico, é ser um ser humano
desenvolvido e em harmonia com seu eu profundo e com o cosmo.
Assim, o terapeuta holístico busca
incentivar o cliente buscar valores evolutivos sob os quais viverem e a
praticar a introspecção, a fim de conhecer a si mesmo ("conhece-te a ti
mesmo" pode ser considerada, neste sentido, a grande máxima da cura no
sentido holístico).
Porém, o terapeuta holístico não é um
conselheiro nem um psicólogo. Não analisa a vida psicológica do cliente, nem
fornece conselhos taxativos sobre como ele deve viver a sua vida, pois tem
ciência de que ninguém pode saber o que é melhor para o outro. Pode, sim, dar
sua opinião sobre alguma questão que seja levantada durante as sessões (muitas
terapias holísticas têm a propriedade de trazer para o consciente material
psíquico oriundo do inconsciente). No entanto, a sua opinião deve ser dada
menos como uma orientação de como viver a sua vida e mais como uma seta
indicando o que o cliente deve buscar.
Terapeutas holísticos costumam ter
consciência de que cada um é responsável pela sua saúde e de que sua cura está
sempre dentro de si mesmo. Assim, o terapeuta holístico (energético) não vê a
si mesmo como um “curador”. Vê-se como um facilitador da cura, auxiliando o
cliente a curar-se a si mesmo. Sabem que toda cura é, na realidade, uma
auto-cura.
O terapeuta holístico sabe também que a
melhor energia para harmonizar o corpo energético de uma pessoa é a do amor
incondicional. Portanto, é papel do terapeuta holístico trabalhar, dia a dia,
pelo seu próprio desenvolvimento espiritual, a fim de ser capaz de tal
sentimento e realmente se importar pela recuperação de seus clientes, mesmo que
sejam completos desconhecidos, à maneira dos antigos Terapeutas de Alexandria.
O modo como irá se desenvolver espiritualmente é, entretanto, assunto de cada
terapeuta.
Terapias holísticas e o cuidado com o corpo
físico e a saúde mental:
O fato de uma pessoa se submeter a um
tratamento energético não deve deixá-lo preguiçoso no que diz respeito aos
cuidados com seu corpo físico. É papel do terapeuta holístico conscientizar
seus clientes disto. Deve incentivá-los a alimentar-se corretamente e praticar
exercícios físicos regulares. Pode também ensiná-los técnicas simples de
respiração profunda e relaxamento, a serem praticados quotidianamente, em casa.
Mas seus conselhos não devem sair do âmbito
do puro bom-senso. Quer dizer, não deve entrar em pormenores que apenas um
médico, nutricionista, fisioterapeuta ou outro profissional da saúde pode
entrar.
O terapeuta holístico também deve orientar
o seu cliente a praticar a higiene mental, ensinando práticas simples de
meditação, afirmações, concentração, visualização, oração (no caso do cliente
ser religioso) etc. Deve ensinar como substituir emoções e pensamentos
negativos por emoções e pensamentos positivos.
Terapias holísticas e estudo sério e
aprofundado:
Muitas das terapias holísticas são
relativamente fáceis e rápidas de serem aprendidas. O terapeuta holístico não
deve, porém, se iludir de que isto o livre de um estudo sério e aprofundado. Um
terapeuta holístico competente tem consciência de que quanto mais conhecimento
tiver sobre a(s) terapia(s) que utiliza, melhores serão as suas sessões de
harmonização energética. Portanto, investe seu tempo e seu dinheiro em boa
bibliografia, curso de reciclagem empenha-se em trocar conhecimentos e
experiências com outros terapeutas, está atento para novas técnicas que surgem
e novas pesquisas científicas a respeito das terapias holísticas. Enfim, como
todo bom profissional de qualquer outra área de atuação, está em constante
atualização e aperfeiçoamento.
O terapeuta holístico deve estudar não
apenas a(s) terapia(s) de sua especialidade, mas também ter um conhecimento
mínimo sobre o funcionamento do corpo humano e suas patologias, bem como um
conhecimento mínimo de psicologia e do ser humano. Deve também ter uma boa
cultura geral. Tudo isto o auxilia a ser um profissional competente, a ganhar
respeito e confiança de seus clientes e a ser capaz de defender sua prática
profissional do ataque de céticos ou pessoas agindo de má-fé.
Todo amadorismo nas terapias holísticas
deve ser combatido pelos próprios terapeutas holísticos. E a melhor forma de
combatê-lo é investir do seu próprio conhecimento e compartilhá-lo com outros
terapeutas.
A principal função do terapeuta holístico:
Para finalizar este artigo, é preciso dizer
a principal atribuição do terapeuta holístico, a mais importante entre todas as
outras: acima de qualquer outra coisa, é papel do terapeuta holístico aplicar
tudo o que foi dito acima na sua própria vida. Pois o terapeuta holístico está
ciente de que apenas pode compreender o processo de harmonização quem passa por
ele. Consequentemente, que apenas quem curou a si mesmo pode servir de
facilitador da cura dos seus semelhantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário