segunda-feira, 31 de março de 2014

O corpo da ansiedade





Em geral, começa no coração, na cabeça ou depois de dores de hérnia lombar.

A sensação é de que me tornarei pura imaterialidade.
O diafragma, um amplo músculo, antigravitacional, o danado, ou seja, relaxa pra cima.

Pois é, o diafragma relaxa pra cima. é uma parte do corpo muito interessante.

Embora eu não possa ver meu diafragma, posso sentí-lo e visualizá-lo. Posso conhecê-lo melhor, ficar íntima, sabe?

Isso ajuda muito no processo de conscientização do corpo material e o equilíbrio entre este e o corpo imaterial.
Eu acredito que quando, por ocasião  do nascimento, talvez, esse equilíbrio não acontece, quando o material e o imaterial não se harmonizam, ocorre a tal ansiedade.

Sinto imediatamente as famosas borboletas na altura do estômago. O diafragma se contrai nessa altura.
Sinto a necessidade do verbo Poder. Sinto que não posso respirar, sair, ter, mover, relaxar, ou seja, impossibilitada de conjugar alguns verbos que fazem a vida animada dos seres humanos.
Nessa área, dizem que roda o chakra do Poder, que é amarelo e muitas outras coisas,
dizem sobre esse plexo solar.

Quando estou ansiosa, a musculatura do peito se contrai.O diafragma inicia sua contratura na vertebra localizada na altura do coração. De tão contraído, não expande-se na expiração. A sensação, se eu prestar bem atenção é que estou cortada, desconetada, de frente, no estomago e peito, descendo num ângulo diagonal até a parte baixa das costas. A expiração fica curta. A inspiração dificultosa. As vísceras deixam de receber a massagem natural que resulta do movimento do diafragma, Daí pra baixo, fico desenergizada.
Pouco movimento significa, energia pesada, lenta e tensa.

Existem tantas explicações maravilhosas para este fenômeno que acontece no ser humano, desde que o mundo é mundo. Penso assim. Agora temos mais acesso a informação, só isso.
Tantos tratamentos preventivos e curativos existem nas medicinas sagradas e milenares.
Tanto conhecimento disponível, esperando por mim. Existem também a prática  da  auto-observação, da intenção, da disciplina, do domínio da vontade sobre o desejo.

Eu me acalmo me dizendo que este momento do agora é o real, e só ele existe.
A mais pura realidade é que eu não posso fazer nada a respeito da minha morte física.
Todos os dias me resigno a esta realidade absoluta.
Lembro que quando cabo de expelir o ar, meu sangue está repleto de oxigênio,

que ainda agora, eu expeli o gás cabônico, que vou vou morrer sufocada,

Tenho que ter muita paciência comigo, sacumé?
Tenho tempo suficiente para ouvir meus batimentos cardíacos,
para contrair meus abdominais transversos, aqueles que que usamos para encolher a barriga.
Só que agora, após expirar e encolher a barriga, eu forteleço e energizo, meu centro.

Meu umbigo vai pra trás, como se quisesse encostar, por dentro, na  região do osso sacro.

A energia, antes estagnada na boca do estômago, já começa a ser direcionada e apesar da dificuldade

eu começo e desacreditar em todo pensamento que me desagrada.
Me afastar de pessoas e situações que me geram adrenalina. A gente vai aprendendo.
Pronto, só de mudar a respiração e contrair determinada musculatura, o fluxo de energia,

começa a se restabelecer.
Aí, eu mexo nos pés, como quem não quer nada.
Massageio meus pés com óleo quente de gergelim. As vezes, uso óleo de côco.
Lógico que tomo florais também e nesses momentos, ele está por perto.

Também, tenho uma boa analista, graçasadeus.
Pratico alongamento, relaxamento, concentração, resistência e meditação.
Lembro que nasci com um dispositivo chamado intuição, e procuro obedecer.

O resumo deste texto poderia ser:
De que adianta tantas possibilidades se não praticamos o conhecimento?
Sei que, vez em quando, precisamos de “uma mão” que nos guie uma parte do caminho,

mas se eu não der o primeiro passo, não chamar, não ir lá e fazer, com, sem e apesar

de todos os motivos para me manter imóvel. Movimento gera força.
Se movimento é vida, mesmo que só consiga me movimentar aos milímetros, estou acumulando força.
Força para Viver, dar meus passinhos e valorizá-los a cada milímetro.

Tenho que tomar consciência de que ninguém pode experimentar minha vida ou minha morte.

Nem minha família ou meus melhores amigos.
Quando vou dormir a noite, quando fico só comigo…

Quando tomo banho, qualquer atividade em que esteja eu, comigo mesmo…

É nesse lugar que vivo e vou morrer….Como uma lagarta a virar borboleta.
É desse jeito, que vou me conhecendo, aprendendo um pouco sobre meu corpo
em todos os momentos. Aprendendo a estar aqui simplesmente, e escrever sobre meus devaneios.
Sei que cada coração que gosta das palavras que lê, é meu amigo.
Sei  que não estou sozinha na busca pela soberania sobre mim mesma,

Saber disso, relaxa meu diafragma e produz um outro hormônio, do amor.

A ocitocina, que eu traduzo com bem estar, no aqui e agora.

Faça-se uma gentileza agora
Observe sua respiração
Articule a mente


Sandra Moreira De Almeida

Fonte: http://corpoinconsciencia.com/2013/12/17/o-corpo-da-ansiedade/

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